quinta-feira, 29 de novembro de 2012

AS PÉROLAS MORREM?


Podemos responder a essa pergunta com um SIM. Mas, como ou quando isso acontece?


O material que reveste as pérolas é de origem orgânica. Esse material chamado nácar pode sofrer corrosão devido a  fatores externos como perfumes, detergentes, ph mais ácido da pele de quem usa as pérolas, entre outros.  Quando isso ocorre, a pérola fica feia, esbranquiçada, e dizemos, então, que a “pérola morreu”.   Esse processo de corrosão é irreversível.


O fator tempo também exerce seu efeito sobre as pérolas naturais e as cultivadas, que vão perdendo seu brilho. É difícil precisar, mas estima-se que elas mantenham o brilho por cerca de 150 anos, ou seja, se bem cuidadas, elas sobreviverão a qualquer um de nós, seres humanos.


Portanto, para prolongar ao máximo o “tempo de vida” de suas pérolas, cuide bem delas.  Guarde-as em local seco e mantenha-as longe de perfumes, sabonete e detergentes. 


domingo, 25 de novembro de 2012

PÉROLAS



Existe uma ampla variedade de pérolas  naturais e cultivadas, podendo ser catalogadas conforme a região  de produção,  tipo de molusco produtor, tamanho, forma. Relaciono a seguir alguns tipos.
1.      Pérolas Akoya – cultivadas originalmente no Japão, raramente excedem a 10 mm de diâmetro, porque o molusco que as produz não é grande. Atualmente, a China também é um grande produtor desse tipo de pérola.











2.      Pérolas cultivadas dos Mares do Sul – cultivadas em águas que vão da Birmânia até Madagascar, atravessando a Indonésia, Japão e entrando na Polinésia Francesa, essas pérolas são maiores que as japonesas. Como seu tempo de cultivo é mais longo, elas têm a camada de nácar mais grossa que as outras pérolas cultivadas. Seu diâmetro varia, em média, de 13 a 15 mm, podendo atingir 20 mm, quando são consideradas muito grandes. São encontradas nas cores branca, dourada, marrom ou preta.


3.      Pérolas Negras Cultivadas – o Taiti é o principal produtor mundial dessas pérolas, que, por isso, são conhecidas como Pérolas do Taiti. As ilhas Cook também cultivam essas pérolas, ocupando o segundo lugar, seguidas por outras ilhas da Polinésia Francesa. Tecnicamente, as pérolas negras cultivadas, são pérolas dos Mares do Sul. Medem, em média, de 10 a 12 mm e raramente excedem a 17 mm.  São consideradas  negras, as pérolas de cor cinza-escuro, verde-escuro, marrom-escuro e negra.


4.      Pérolas de Concha ou Róseas – produzidas por uma concha gigante. Elas não possuem nácar, razão pela qual alguns gemólogos não as consideram pérolas verdadeiras. Sua superfície é lustrosa, com marcas flamejantes, com aparência semelhante à porcelana.



5.      Pérolas da abalone – produzidas pelo molusco haliotis. Possuem nácar . São altamente iridescentes, ou seja, furta-cores. Essas pérolas são encontradas na costa do Pacífico dos E.U.A., Japão, Nova Zelândia e Coréia.



6.      Pérolas Sementes – naturais, de tamanho muito pequeno (até 2 mm). Podem ser produzidas por moluscos de água salgada e de água doce. Vistas mais frequentemente em joias com mais de 100 anos.



7.      Pérolas Barrocas – de forma irregular, produzidas por moluscos de água doce e de água salgada.
8.      Pérolas Biwa – pérolas cultivadas de água doce, que recebem esse nome por terem sido produzidas inicialmente no lago Biwa, no Japão.

9.      Pérolas arroz – cultivadas em água doce, com a forma alongada e barroca, de tamanho semelhante ao de um grão de arroz. Não têm núcleo.
10.   Pérolas  cultivadas blister – produzidas a partir de um núcleo hemisférico, cuja parte plana é colocada em contato direto com a concha. O molusco cobre a parte convexa do núcleo com diversas camadas de nácar, formando uma bolha que é recortada;  o núcleo que não se adere ao nácar é descartado, sobrando uma cúpula de nácar, a blister.

11.   Pérolas circlé – com superfície anelada. Essa característica pode ocorrer em qualquer variedade de pérola.
12.   Pérolas facetadas – obtidas por lapidação. Essa técnica é empregada, geralmente em pérolas que apresentam muitas imperfeições em sua superfície.


 

domingo, 18 de novembro de 2012

TENDÊNCIAS PARA O VERÃO 2012/2013


Maxi brincos exibidos na SFW
Discrição não é a palavra certa para descrever a tendência para o próximo verão. Chamar atenção com elegância e sofisticação é a tônica do momento. Predominam as peças de tamanho maxi: colares grandes, maxi brincos, maxi braceletes ...



Outra tendências:
Colar de gotas naturais - Eliana Rodrigues
tons pastéis (principalmente branco, verde água, azul e rosa bebê, salmão e tons terrosos claros), que suavizam a agressividade do tamanho maxi;
Maxi colar com pedras em tons pastéis -
Eliana Rodrigues





Brincos Art Déco - H. Stern
influência da Art Déco da arquitetura e decoração  no design de joias, levando à criação de peças “vintage”, com desenhos simples,  linhas retas ou circulares, desenho abstrato, geométrico ou estilizados de padrões naturais;







Coleção Galilei - H. Stern


acessórios lúdicos com formatos diferentes, principalmente com animais, imprimindo um ar descontraído ao visual;




 



Acessórios lúdicos exibidos na SFW
as pulseiras com berloques também têm aparecido em desfiles de moda, assim como o mix de acessórios, combinando ouro, prata, pedras coloridas e tecidos.




     

domingo, 11 de novembro de 2012

JOIAS DA NATUREZA

Em plena selva de pedra, onde habitamos, é possível ao bom observador encontrar belas joias da natureza.
Tomar banho em uma cachoeira, tendo a sua volta uma gama infinita de cores e tonalidades expressas nas folhagens, nas flores, na plumagem dos pássaros ...., traz uma sensação maravilhosa. Isso não é novidade. Basta irmos atrás desses paraísos.
Encontrar um paraíso sem sair de casa, isso sim é incomum, mas é possível.
Vejam a vista que tinha do meu box, por algumas semanas, enquanto tomava meu banho matinal.









terça-feira, 16 de outubro de 2012

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE JOIAS


As joias podem ser confeccionadas manualmente (processo artesanal) ou por meio de processos industriais, que são, basicamente, quatro: estamparia, fundição por cera perdida, eletroformação e correntaria. Mesmo nos processos industriais não se dispensa algum tratamento manual, principalmente no acabamento.


PROCESSO ARTESANAL

A joalheria artesanal é o processo pelo qual uma peça é confeccionada de maneira artesanal e única. O ourives executa manualmente a peça desde sua construção, até o acabamento final.

Este tipo de joia é feito geralmente sob encomenda do consumidor que escolhe diretamente o desenho, material, acabamento e tipo de joia. O resultado é uma peça exclusiva.

Na fabricação da joia artesanal são realizadas operações diferentes tais como: fundição do lingote; laminação para obtenção de chapas de ouro, prata, cobre, latão e todos os perfis necessários na fabricação de joias; soldagem; limagem para desgastar, moldar o metal mediante a ação uma lima; lixamento para eliminar rebarbas da joia, dar melhor acabamento e uniformidade; polimento para dar acabamento à joia; tratamentos químicos; tratamentos térmicos; trefilação para obtenção de fios e tubos de pequenos diâmetros, utilizados na fabricação de correntes, detalhes em joias, fechos etc. Cada uma dessas operações requer um tipo de equipamento diferente.

limagem

soldagem





PROCESSOS INDUSTRIAIS

  •     ESTAMPARIA – uma peça matriz com o desenho a ser estampado é batida sobre uma lâmina de metal (prata, ouro, etc.), obtendo-se o formato desejado. Esse processo é destinado principalmente à produção em larga escala. Nas grandes produções industriais, são utilizadas prensas (excêntricas, hidráulicas ou de fricção) e matrizes com alto custo de produção.


Ferramenta matriz usada no processo de confecção de joia por estamparia, desenvolvida pelo profissional chamado “modelista” a partir do desenho da joia a ser produzida. Com a ajuda de uma prensa, a ferramenta imprime o molde na chapa metálica.


 
brinco estampado

 

  •     FUNDIÇÃO – é  o processo de fabricação de peças metálicas que consiste essencialmente em encher com metal líquido a cavidade de um molde com formato e medidas correspondentes aos da peça a ser fabricada. Um criador de modelos talha uma joia, que servirá de molde para fazer uma fôrma de borracha para a produção de moldes de cera. Esse molde é levado para a injetora de cera que irá adicionando cera na máquina, formando vários moldes que agrupados chamamos de “árvore”, que então é colocada dentro de um recipiente metálico, onde é colocado gesso, e levado a um forno ligado em alta temperatura (100 graus aproximadamente). Depois que o gesso endurece, é feito um pequeno furo para que a cera derretida escorra, deixando nas cavidades internas do cilindro, o formato do molde da joia. Só então o ouro ou a prata (em estado líquido) é injetado dentro do molde. A seguir o gesso é dissolvido em uma lavagem a jato de água, revelando as joias, que a partir daí, passam por um tratamento de polimento, cravação de gemas e acabamento. Assim que a peça se solidifica, o molde é inutilizado. Por causa das características desse processo, ele também pode ser chamado de fundição por moldagem em cera perdida. É um processo para ser utilizado na produção de um grande número de peças com as mesmas dimensões umas das outras ou quando se quer uma cópia fiel de uma peça que pelos detalhes não é possível ser feita manualmente. A fundição permite a obtenção de peças com formas praticamente definitivas, com mínimas limitações de tamanho, formato e complexidade. Este processo pode ser empregado com os mais variados tipos de ligas metálicas, desde que elas apresentem as propriedades adequadas a esse processo, como por exemplo, temperatura de fusão e fluidez. 
  • Fundição por cera perdida passo-a-passo
        As vantagens desse processo são:
  • Possibilidade de produção em massa de peças de formatos complicados, difíceis ou impossíveis de se produzir por outros processos de fabricação.
  •  
  • Possibilidades de obtenção de maior precisão dimensional e superfícies com melhor acabamento. Em muitos casos, as peças obtidas por esse processo chegam a dispensar outros processos, devido à qualidade do acabamento de superfície obtido.
  •  
  • Possibilidade de utilização de praticamente qualquer metal ou liga.







 

  
  •     CORRENTARIA – antigamente as correntes eram feitas à mão e por isso costumavam ser grossas e desajeitadas. Com a ajuda de máquinas especiais, passaram a ser mais delicadas. Semelhante ao tricô, as máquinas criam pontos simples ou elaborados, formando correntes de diferentes modelos. A seguir, basta cortá-las no comprimento desejado, soldar as argolas terminais e colocar um fecho apropriado.

 

   






 
  •    ELETROFORMATAÇÃO – consiste em envolver, como um banho, uma peça em algum metal de forma que, após a retirada da peça original, obtenha-se uma peça idêntica, oca, leve e resistente. Como no processo de cera perdida, o primeiro passo da eletroformatação é a criação de um modelo da peça num molde de borracha, que recebe cera quente, gerando assim várias réplicas em cera. A seguir, essas réplicas são recobertas com uma fina camada de uma solução metálica que conduz eletricidade. Quando essas réplicas são colocadas dentro de uma solução especial, o ouro é atraído para cima da cera. Faz-se, então, um pequeno furo em cada uma das joias, para que assim que elas forem expostas ao calor, a cera derreta e saia pelos orifícios. Essa técnica é indicada para a criação de peças muito grandes, porém muito leves.

borracha com réplicas
em metalina
Modelos entrando no líquido para receber ouro


Brincos produzidos pelo processo
de eletroformatação



terça-feira, 9 de outubro de 2012

JOIAS - 15 DICAS DE ELEGÂNCIA E SOFISTICAÇÃO

Sem dúvida, uma linda joia realça qualquer vestido de festa, mas é preciso ter cuidado e evitar exageros; a elegância e a sofisticação exigem adequada coordenação dos acessórios com o vestido. Para evitar erros, vejam 15 dicas importantes de especialistas, entre eles Christian Hallot, embaixador da H.Stern: 

1. As cores mais adequadas são sempre as douradas e prateadas; a escolha entre essas duas cores deve ser feita de acordo com a cor do vestido, dos sapatos e da bolsa. 

2. Escolha a cor que mais combina com seu tom de pele, estilo e personalidade. 

3. A cor da joia não precisa ser a mesma da roupa ou dos outros acessórios, mas é importante que o conjunto seja harmonioso. Quando a roupa tem tons vibrantes, caem bem joias de ouro (qualquer tonalidade) com pedras translúcidas, em especial diamantes. Com roupas de cores neutras (preto, branco, nudes), podem ser usadas joias com cores fortes e marcantes, como as que têm esmeraldas ou rubis. 

4. Quanto ao tamanho das joias, é recomendável fazer um contraponto no caso de peças que ficam mais próximas umas das outras, como brincos e colar: se um é grande, o outro deve ser mais delicado. Quando as joias estão mais afastadas, como brincos e braceletes, anel e colar, brincos e anel, ambas as peças podem ser grandes. Deve-se, entretanto, evitar a combinação de muitas peças grandes (brinco, anel, colar e bracelete). 

 5. O ideal é chamar atenção para zonas distintas do corpo. Por exemplo, se usar um brinco chamativo, não use colar. 

6. Colares ficam bem em decotes mais abertos, pois se destacam mais. Quanto mais fechado for o decote, melhor optar por colares mais delicados ou coleiras coladas ao pescoço. 

7. As joias de festas devem ter detalhes sofisticados como pedrarias (strass, cristais, pérolas e outras gemas), e devem estar sempre com brilho, limpas e em bom estado. 

8. Os brincos de festa devem ser pequenos e médios, sem exageros; se o vestido tiver detalhes (drapeado, bordado, golas), use brincos discretos e mais curtos. 

9. A sofisticação é sempre dada com acessórios menores e mais delicados. 

10. Os colares de festa devem ser mais curtos, no estilo gargantilha. Podem ser usados com vestidos tomara-que-caia e com alça. Se as alças do vestido forem muito grossas ou com detalhes, ou se o vestido for frente única, não use colar. 

11. Os braceletes e as pulseiras de festas não devem ser muito grossos, nem muito finos e devem ser de materiais nobres. Se o vestido tiver mangas longas, não use pulseira. 

12. Anéis com pedras são ideais para festas. O ideal, nessas ocasiões, é usar apenas um anel bem bonito e poderoso. Se usar aliança, use numa mão a aliança e na outra o anel. 

13. Se o vestido de festa for simples e sem destaque, use acessórios maiores, com mais brilho e detalhes. 

14. Os conjuntos são uma boa possibilidade e simplificam as escolhas. No entanto, não é obrigatório que a mulher use um conjunto. É bastante usual misturar peças de coleções variadas que se complementem, seja pela pedra, pelo design ou pelo tom do ouro. 

15. Pode-se misturar peças com tons diferentes quando as joias têm o predomínio das pedras e o ouro é uma base mais discreta, ou quando se deseja fazer, propositalmente, um jogo de contrastes entre cores.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

IMPRESSIONISMO: PARIS E A MODERNIDADE - OBRAS PRIMAS DO MUSEU D'ORSAY.

Nesta semana, fui ao Centro Cultural Banco do Brasil, ver as obras impressionistas. A exposição está muito bem organizada: a quantidade de pessoas que entram
por vez em cada sala é controlada, o que garante a circulação tranquilila pelos ambientes e favorece a apreciação detalhada das obras.

Entre tantos quadros magníficos, os que mais me tocaram foram:

1. "Meninas ao Piano" de Renoir

Nesse quadro, o pintor usou variações de alaranjados misturados a verdes e amarelos. Tudo é muito harmonioso; a luz bate nos rostos e nos corpos das meninas transmitindo leveza. Os rostos parecem expressar prazer pela música.

2. "Dançarinas" de Degas


A preocupação desse artista era flagrar um instante na vida das pessoas. Ele não pintava o movimento da luz, mas sim, o movimento do ser humano, em especial os movimentos das bailarinas, valorizando o desenho e não  somente a cor.

3. "O berço" de Berthe Morisot

Uma jovem vigia seu bebê que dorme no berço. A harmonia das cores e o posicionamento das duas figuras expressam amor e ternura. O véu sobre o berço, a cortina atrás da mulher combinados com tons suaves de creme, rosa e azul aumentam a intimidade da cena.

4. "La Gare Saint-Lazare" - de Monet


Este quadro pertence a uma série de pinturas que representam a estação Saint-Lazare em Paris. Este era o cenário ideal para representar os efeitos de mudança de luz, movimento, nuvens de vapor. O que prevalece nessa pintura, mais do que as máquinas ou os viajantes, são os efeitos da cor e luz.

5. "Gabrielle e Jean" de Renoir

Renoir pintou muitos quadros com seus filhos, muitas vezes em companhia da governanta Gabrielle, prima de sua esposa. Neste retrato, o menino é Jean, que se tornará  um conhecido diretor de cinema.

A arte alegre e vibrante dos impressionistas enche os olhos de cor e luz. A exposição vai até o dia 7 de outubro, portanto, corram que ainda dá tempo.






segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O COBRE EM JOALHERIA


O cobre foi encontrado por volta de 13.000 a.C., no norte do Golfo Pérsico. Foi o primeiro metal usado pelo homem, que, inicialmente, o empregou em ferramentas de trabalho, armas e objetos de decoração, substituindo a pedra. Graças à sua durabilidade, resistência à corrosão, maleabilidade, ductibilidade e fácil manejo, esse metal teve papel de destaque na história da evolução humana, sendo utilizado em todas as revoluções tecnológicas pelas quais o ser humano já passou.

O cobre é normalmente usado em sua forma pura, mas também pode ser combinado com outros metais para produzir uma enorme variedade de ligas com diferentes características.
A liga de prata geralmente utilizada em joalheria é internacionalmente conhecida como Sterling Silver  (prata de lei) - 925, que significa que esta é constituída de 92,5% de prata pura e 7,5 % de cobre. Esta liga, conhecida entre nós como Prata de Lei,  é muito ulizada por proporcionar às joias uma dureza um pouco maior, sem alterar muito a quantidade de prata existente.


O ouro branco e o ouro amarelo também são ligas que levam cobre em sua composição. A liga de ouro amarelo 18K é composta de 75% de ouro puro, 25% de prata e cobre; a liga de ouro branco 18K  é composta de 75% de ouro puro, 25% de paládio, prata e cobre). Nas duas ligas de ouro, o teor de ouro puro mantém-se sempre inalterado, mas as proporções dos outros metais que se adicionam à liga variam de acordo com a cor desejada.


O cobre (em estado puro ou presente nas ligas de ouro e prata),  ao entrar em contato com o ar, passa por um fenômeno químico denominado oxidação, o qual pode ocasionar uma alteração na coloração original da joia, porém esta alteração de tonalidade não representa uma mudança na qualidade ou no teor da liga. É uma alteração natural e superficial, que pode ocorrer em maior ou menor intensidade dependo de vários fatores, como a proximidade do mar, o PH da pele, etc. Com uma simples limpeza, a joia voltará à coloração original.


A capacidade de oxidação da liga de prata pode ser aproveitada intencionalmente para compor regiões claras e escuras no desenho de uma mesma peça, como nas joias abaixo.










Para limpar a sua joia de cobre, prata ou ouro, coloque-a em um recipiente com um pouco de água e sabão neutro ou de coco e deixe ferver por aproximadamente 3 minutos. Lave-a em água corrente e seque com um pano ou uma toalha macia.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

JOIAS CRIOULAS


Desde 04.08.2012, está em cartaz na Caixa Cultural São Paulo a exposição “Joias Crioulas”.

As belas peças, que fazem parte do acervo do Museu Carlos Costa Pinto, Salvador (BA), revelam a manifestação artística do Brasil colonial e imperial. Eram usadas por mulheres de origem africana, escravas ou alforriadas, que viveram na Bahia nos séculos XVIII e XIX.

Essas joias, confeccionadas em ouro, prata e pequenas pedras, não apresentam elementos típicos da etnia africana; assemelham-se mais às joias portuguesas, diferenciando-se destas pelo tamanho, formato, peso e qualidade do material.

Segundo Bárbara Carvalho dos Santos, superintendente do museu baiano, a coleção é um testemunho das relações sociais e econômicas da época, que tornou possível essa expressão artística. “Cada exemplar conta uma história de vida, composta por trabalho, sacrifício, alegrias e tristezas, sonho e esperança".

A mostra nos leva a pensar sobre como essas mulheres adquiriram essas joias e como conseguiram usá-las em meio à sociedade escravocrata daquela época.

A exposição fica em cartaz até 23 de setembro. Recomendo.


Exposição: Joias Crioulas
Período:
 de 4 de agosto a 23 de setembro de 2012 (terça-feira a domingo)
Horário:
 das 9h às 21h
Local:
 CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – São Paulo (SP)
Entrada: Franca.






segunda-feira, 20 de agosto de 2012

PEDRAS PRECIOSAS


Pedras preciosas, ou gemas, são substâncias naturais que, por sua raridade, durabilidade, dureza, brilho e coloração especiais, são usadas para adorno pessoal.

As gemas encontradas na natureza podem ser inorgânicas ou orgânicas.

As gemas inorgânicas são as de origem mineral e englobam todos os minerais com qualidades estéticas como coloração, transparência, dureza e tenacidade. As gemas minerais são as mais numerosas, mais valiosas e, por isso, as mais importantes. Esse grupo inclui as pedras preciosas mais conhecidas e que vêm sendo usadas pela humanidade há vários milhares de anos: diamante, rubi, safira, esmeralda, ametista, entre outras.

topázio azul
As gemas minerais podem ser classificadas de acordo com as substâncias que entram na sua composição:
·         substâncias cristalinas (diamante, topázio, ametista, esmeralda, água-marinha);
·         substâncias amorfas (opala e vidro vulcânico);
·         rochas (lápis-lazúli, turquesa e outras).
quartzo rosa

água marinha
quartzo com turmalina
drusa de ametista

lápis lazúli
ágata


green gold
esmeralda




abalone
As gemas orgânicas são aquelas de origem biológicas, ou seja, originadas de seres vivos do reino animal ou do reino vegetal, como a pérola, o coral, o marfim, o âmbar, o abalone e o azeviche. As pérolas cultivadas não são classificadas como gemas orgânicas porque o processo de produção dessas pérolas é provocado artificialmente.
pérola

Além dessas gemas naturais, há  no mercado um grande número de gemas parcial ou totalmente fabricadas pelo homem: são as gemas sintéticas e artificiais.

A gema sintética, produzida em laboratório, possui similar natural. Essa gema possui as mesmas propriedades e composição de seus equivalentes naturais. Por exemplo, esmeralda sintética ou rubi sintético.

A gema artificial, também desenvolvida em laboratório, não possui similar na natureza. Um exemplo é a zircônia cúbica.


zircônia
Outras gemas produzidas em laboratório são: gema reconstituída (produzida por meio da aglomeração ou fusão parcial de fragmentos de uma gema natural); gema realçada (quando uma das propriedades da gema, geralmente  a cor, é melhorada artificialmente); gema revestida (uma fina camada da mesma substância ou de outro material, colorida ou não, recobre a superfície da pedra); gema composta (união, por método artificial, de duas ou mais partes de gemas naturais, sintéticas ou artificiais; pode ser gema natural com artificial, gema com vidro, vidro com duas gemas diferentes, etc.).

Antigamente, as gemas costumavam ser classificadas em pedras preciosas e semipreciosas. Somente 5 pedras eram consideradas preciosas: diamante, rubi, esmeralda, safira e ametista. Essa distinção, entretanto, já perdeu sua validade científica. Assim como não existem homens meio honestos, mulheres semigrávidas, não existem pedras semipreciosas; todas as pedras são
 consideradas preciosas, diferindo quanto ao valor. Geralmente, as mais valiosas são: diamante, rubi, esmeralda e safira.

O valor de uma gema é determinado por 4 fatores de raridade: cor, pureza, lapidação e peso.  

Uma gema é apreciada especialmente pela sua beleza ou grande perfeição.  As características que tornam uma gema bela ou desejável são a cor, fenómenos ópticos incomuns no interior da pedra, uma inclusão interessante tal como um fóssil, uma lapidação especial, uma raridade e, às vezes, a própria forma do cristal natural.