Cada signo do zodíaco
está associado a um mito. São histórias de amor, conflitos de família, relatos
de batalhas e muitas outras aventuras. Nesta e nas próximas postagens,
apresentarei cada um desses mitos.
Os signos do zodíaco têm
me servido de inspiração para a criação de joias. Algumas já foram executadas,
outras ainda estão no papel. Aproveito, portanto, o tema das próximas postagens
para expor minhas criações.
A agilidade, o espírito de aventura e coragem, que marcam a
personalidade dos nativos de Áries, estão bem representados nesse mito.
Jasão era filho do Rei Éson, que foi destronado pelo próprio irmão,
Pélias. Para que Jasão não viesse a reclamar o trono quando adulto, o novo rei
manda o sobrinho para o exílio, sob os cuidados do sábio centauro Quirão, certo
de que o garoto não sobreviveria por muito tempo.
Jasão, no entanto, sobreviveu e, quando completou 20 anos, partiu para
sua terra de origem com o propósito de reconquistar o trono que fora de seu
pai. Trajando uma pele de pantera, o rapaz apresentou-se ao rei calçando apenas
uma sandália, pois havia perdido a outra durante a viagem. Pélias, que havia
sido prevenido por um oráculo da ameaça de um estranho com um pé descalço,
percebeu o perigo e, fingindo concordar com as exigências de Jasão de lhe
restituir o trono, passou-lhe, como condição, uma tarefa que considerava impossível
de ser executada: o rapaz deveria trazer-lhe o Velocino de Ouro (pele retirada
de um carneiro dourado que corria, nadava e voava melhor do que ninguém), em
poder do rei Eetes, guardado no jardim de Marte e vigiado por um dragão que
nunca fechava os olhos.
Jasão aceitou o desafio e reuniu 50 homens corajosos, entre eles heróis
e semideuses como Hércules, Orfeu, Teseu, Castor e Pólux. Encomendou a Argos, artesão
renomado, a maior e melhor embarcação já construída na Grécia. A nau recebeu o
nome do seu construtor e seus tripulantes constituíram o grupo dos Argonautas
que sairam em busca do Velocino de Ouro para restituir o trono a Jasão.
Depois de passar por diversas dificuldades no percurso, o grupo chegou
ao reino de Eetes e Jasão reclamou a posse do Velocino. O soberano concordou em
lhe entregar o tesouro caso o herói cumprisse duas provas de coragem: em um
único dia, Jasão deveria arar a terra com dois touros de narinas fumegantes e
patas de bronze e semear os dentes do dragão do Cadmo, dos quais nasceriam
gigantes que o herói deveria abater.
Essa missão, impossível para qualquer mortal, só pôde ser cumprida
graças à interferência de Medeia, filha de Eetes, que se apaixonou por Jasão e
o ajudou, usando seus poderes mágicos: tornou o corpo do amado imune ao fogo e
ao ferro para que sobrevivesse às chamas e às patas dos touros; orientou o
jovem a jogar uma pedra entre os gigantes fazendo com que lutassem entre si, exterminando
uns aos outros.
Surpreso com o sucesso de Jasão, Eetes, em lugar de cumprir a promessa,
tentou matar os argonautas e destruir a Argo, mas Medeia avisou o amado e o
ajudou a roubar o tesouro, fazendo com que o dragão vigilante adormecesse sob
seu encanto e se tornasse presa fácil para Jasão.
Com o Velocino de Ouro em seu poder, os Argonautas e Medeia fugiram na
Argo, levando como refém o irmão de Medeia. Eetes enviou seus soldados para recuperar o tesouro e trazer os filhos de volta. Medeia, disposta a tudo para ajudar Jasão, matou o próprio irmão, esquartejou seu corpo e jogou os pedaços ao mar; os guerreiros interromperam a perseguição para recuperar os restos mortais do filho do rei, deixando os Argonautas escaparem, rumo à terra natal de Jasão.
Projetos de pingentes ainda não executados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário