O diamante é o
mineral mais duro encontrado na natureza. A palavra diamante vem do grego ‘adamas’,
cujo significado é “o invencível. O grau de dureza desse mineral é 10, valor
máximo atribuído na Escala de Mohs.
Cabe aqui uma diferenciação importante entre dureza e
tenacidade: dureza é a resistência ao risco e tenacidade e a resistência ao
choque. O diamante não pode ser riscado, mas pode ser quebrado.
A estrutura do diamante é composta de apenas um elemento: o
carbono, a mesma composição do grafite. O que torna o diamante tão duro,
diferente do grafite, é sua estrutura molecular.
Estrutura molecular do diamante
Estrutura molecular do grafite
I
O processo de cristalização do carbono, formando o diamante,
ocorreu há bilhões de anos, em grandes profundidades com temperatura ao redor
de 1300° C e pressão muito elevada. Nesse processo de formação, outros
elementos químicos podem ter sido incorporados à sua estrutura, o que confere
ao diamante cores variadas: azul, verde, vermelho, rosa, amarelo, incolor, etc.
Como é carbono puro, o diamante arde quando exposto a uma
chama, transformando-se em dióxido de carbono. É solúvel em diversos ácidos e
não pode ser derretido, exceto a altas pressões.
O diamante é encontrado em estado bruto. Por meio do
processo de lapidação, ele é transformado em pedra preciosa. Como essas pedras
refletem a luz, a lapidação deve ser feita da forma em que a luz seja melhor
refletica, conferindo-lhe maior brilho. A
escolha de um tipo errado de lapidação pode fazer com que a pedra fique
quebradiça ou sem o devido brilho.
As gemas apresentam três partes:
- coroa: é a parte superior da gema. Possui uma faceta grande e centralizada, a mesa, e várias facetas menores laterais
- cintura ou rondista: é a parte mais larga da gema e que separa a coroa do pavilhão. A rondista pode ser facetada ou não. É através da rondista que a gema é engastada e na joia. A rondista e a mesa são paralelas entre si;
- pavilhão ou fundo: é a parte inferior da gema, situando-se abaixo da rondista.
A lapidação pode ser dividida em três estilos: facetada,
lisa ou mista.
A lapidação lisa tem duas formas, a plana e a cabochão. A
lapidação em cabochão é feita de forma levemente convexa na parte inferior e a
superior geralmente é arredondada. Esse tipo de lapidação é utilizado em gemas
opacas, ou translúcida com algumas inclusões, e gemas que são mais destacadas
se lapidadas em cabochão.
A lapidação facetada, ou em facetas tem três formas:
brilhante, em degraus e mistas.
A lapidação em
formato de brilhante apresenta 57 facetas, sendo que todas as facetas (com exceção da
mesa) têm formato triangular ou rombóide (semelhante a losangos ou com formato
de pipa); o maior número de facetas está na parte inferior da pedra.
Na lapidação em degraus, todas as facetas (com exceção da
mesa) têm formato trapezoidal e estão organizadas paralelamente à rondista da
gema, tanto na coroa como no pavilhão, gerando aspecto de degraus sucessivos. As
facetas próximas à rondista são maiores em largura, enquanto as próximas à mesa
e ao fundo do pavilhão são menos largas.
Na lapidação mista, ocorre a combinação das modalidades
anteriores numa mesma gema: a coroa é facetada tipo brilhante e o pavilhão é
facetado em degraus, ou vice-versa.
Seja qual for a lapidação escolhida o importante é que ela
seja bem feita, assim a sua pedra preciosa vai brilhar muito.
A lapidação brilhante foi idealizada por um físico, que
definiu um corte ideal para os diamantes com base nos ângulo de incidência e
refração da luz. Com esse corte ideal, a maior parte da luz que incide sobre a
gema é refletida em direção ao topo da pedra, ressaltando seu brilho. Por isso,
foi chamada de lapidação brilhante. Esse é o tipo de lapidação mais usado na
joalheria, e por ser tão utilizado virou sinônimo de diamante, mas na verdade é
apenas um tipo de lapidação. Por ser confundido com o diamante, quando se usa a lapidação brilhante
em outras pedras que não seja o diamante, é necessário informar qual pedra foi usada na lapidação.
Eis, portanto, a resposta à pergunta inicial: o diamante é brilhante somente quando recebe esse tipo de lapidação; já, o brilhante é diamante, somente quando essa forma de lapidação é dada ao diamante.
Os diamantes são qualificados e valorizados observando-ses 4
C's:
- Cut: é a forma como foi lapidado, e a lapidação brilhante
é uma das mais valorizadas.
- Carater: especifica a massa e o peso do diamante, medido
em quilates (ct), equivalente a 1/5 de grama.
- Clarity: é o grau de pureza do diamante, de acordo com uma
classificação internacional que varia de "IF/LC" (Loupe Clean ou Puro
à Lupa), até o "P3", pedras com muitas inclusões, fissuras, falhas,
facilmente observáveis a olho nu e que comprometem totalmente seu brilho.
- Color: refere-se à cor da pedra numa classificação que vai
de "absolutamente incolor" ao "castanho". Há as cores
fantasias, como os diamantes vermelhos, verdes e azuis, que por sua raridade
alcançam altíssimos valores no mercado internacional.
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