segunda-feira, 20 de agosto de 2012

PEDRAS PRECIOSAS


Pedras preciosas, ou gemas, são substâncias naturais que, por sua raridade, durabilidade, dureza, brilho e coloração especiais, são usadas para adorno pessoal.

As gemas encontradas na natureza podem ser inorgânicas ou orgânicas.

As gemas inorgânicas são as de origem mineral e englobam todos os minerais com qualidades estéticas como coloração, transparência, dureza e tenacidade. As gemas minerais são as mais numerosas, mais valiosas e, por isso, as mais importantes. Esse grupo inclui as pedras preciosas mais conhecidas e que vêm sendo usadas pela humanidade há vários milhares de anos: diamante, rubi, safira, esmeralda, ametista, entre outras.

topázio azul
As gemas minerais podem ser classificadas de acordo com as substâncias que entram na sua composição:
·         substâncias cristalinas (diamante, topázio, ametista, esmeralda, água-marinha);
·         substâncias amorfas (opala e vidro vulcânico);
·         rochas (lápis-lazúli, turquesa e outras).
quartzo rosa

água marinha
quartzo com turmalina
drusa de ametista

lápis lazúli
ágata


green gold
esmeralda




abalone
As gemas orgânicas são aquelas de origem biológicas, ou seja, originadas de seres vivos do reino animal ou do reino vegetal, como a pérola, o coral, o marfim, o âmbar, o abalone e o azeviche. As pérolas cultivadas não são classificadas como gemas orgânicas porque o processo de produção dessas pérolas é provocado artificialmente.
pérola

Além dessas gemas naturais, há  no mercado um grande número de gemas parcial ou totalmente fabricadas pelo homem: são as gemas sintéticas e artificiais.

A gema sintética, produzida em laboratório, possui similar natural. Essa gema possui as mesmas propriedades e composição de seus equivalentes naturais. Por exemplo, esmeralda sintética ou rubi sintético.

A gema artificial, também desenvolvida em laboratório, não possui similar na natureza. Um exemplo é a zircônia cúbica.


zircônia
Outras gemas produzidas em laboratório são: gema reconstituída (produzida por meio da aglomeração ou fusão parcial de fragmentos de uma gema natural); gema realçada (quando uma das propriedades da gema, geralmente  a cor, é melhorada artificialmente); gema revestida (uma fina camada da mesma substância ou de outro material, colorida ou não, recobre a superfície da pedra); gema composta (união, por método artificial, de duas ou mais partes de gemas naturais, sintéticas ou artificiais; pode ser gema natural com artificial, gema com vidro, vidro com duas gemas diferentes, etc.).

Antigamente, as gemas costumavam ser classificadas em pedras preciosas e semipreciosas. Somente 5 pedras eram consideradas preciosas: diamante, rubi, esmeralda, safira e ametista. Essa distinção, entretanto, já perdeu sua validade científica. Assim como não existem homens meio honestos, mulheres semigrávidas, não existem pedras semipreciosas; todas as pedras são
 consideradas preciosas, diferindo quanto ao valor. Geralmente, as mais valiosas são: diamante, rubi, esmeralda e safira.

O valor de uma gema é determinado por 4 fatores de raridade: cor, pureza, lapidação e peso.  

Uma gema é apreciada especialmente pela sua beleza ou grande perfeição.  As características que tornam uma gema bela ou desejável são a cor, fenómenos ópticos incomuns no interior da pedra, uma inclusão interessante tal como um fóssil, uma lapidação especial, uma raridade e, às vezes, a própria forma do cristal natural.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

GUIA DE ESTILO IGUATEMI


Se você quer conhecer um pouco da história das joias através dos tempos, saber quais são as pedras preciosas mais cobiçadas,conhecer as grandes joalherias internacionais e nacionais, obter informações sobre os vários estilos de mulher e o tipo de joia que melhor combina com cada estilo, ingressar no universo das joias masculinas, não pode deixar de entrar no endereço http://www.guiadeestiloiguatemi.com.br/.



Trata-se  de um guia online subdividido em 3 blocos:


  1. "guia feito para mulheres" - trata-se de um Guia Prático de Moda que procura tirar as principais dúvidas que afligem as mulheres  na hora de se vestir. 
  2.  "guia feito para homens" - aborda a moda masculina, procurando esclarecer as dúvidas e mostrando truques para tornar o homem elegante.
  3. e "guia feito para amantes de joias", onde você vai encontrar entre outras informações, as respostas às questões formuladas no início desta postagem.
Vale conferir!

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

O USO DO TITÂNIO EM JOALHERIA


O titânio é um metal de brilho prateado, mais leve que o ferro, quase tão forte  quanto o aço e quase tão resistente à corrosão quanto a platina. É bastante leve e muito duro. 

Não se apresenta livre na natureza, porém é o nono elemento químico em abundância na crosta terrestre sendo encontrado ligado a outros metais e substâncias. 

O titânio é muito empregado na indústria de pigmentos para tintas; construção de aeronaves; órteses e próteses e é parte integrante do processamento da celulose.

Como possibilita um amplo espectro de cores, o titânio passou a ser empregado em objetos da joalheria. Além da coloração, outras propriedades do titânio o tornam interessante para aplicação na produção de joias: não provoca reação alérgica no usuário, não se degrada por oxidação,  tem boa resistência à deformação, o que confere maior durabilidade ao metal.

Em razão do seu elevado ponto de solda (entre 1.600 e 1800ºC), não é possível soldá-lo em peças de joalheria. Para fixá-lo, os recursos empregados são cravação, garras, rebites, parafusos, etc.

A coloração do titânio pode ser feita de duas formas:
  • por aquecimento (método utilizado em meu ateliê);
  • por processo eletroquímico.


As cores que podem ser obtidas no  titânio são:
  • amarelo pálido
  • ouro palha
  • violeta
  • azul arroxeado
  • azul escuro
  • azul claro
  • cinza
  • amarelo
  • arco-íris
  • verde
  • rosa
  • marrom acinzentado
  • cinza opaco


A  matéria prima para a fabricação de joias é a chapa ou o fio de titânio, considerado como resíduo por empresas fabricantes de materiais cirúrgicos. A possibilidade de reutilização desse material surge como uma alternativa baseada em conceitos de ecodesign.

Abaixo, algumas peças que produzi utilizando titânio:






   



                                      
                                                         



 





























segunda-feira, 13 de agosto de 2012

QUE OURO TEM MAIS VALOR: O BRANCO, O AMARELO OU O VERMELHO?



Para que possa ser trabalhado em joalheria e  transformado em joia, o ouro puro, por ser mole, precisa da adição de outros metais. Essa união é denominada liga, pois os metais são derretidos e fundidos juntos. O ouro mantém-se puro, mesmo quando ligado a outros metais.

Para saber que porcentagem de ouro está presente em uma determinada liga, os americanos convencionaram  determinar tal porcentagem por meio da quilatagem do metal (karat), simbolizada pela letra K. O ouro puro  (100%) é o ouro 24 k ou ouro 1000.

O padrão brasileiro para joias é o ouro 18 quilates, também conhecido como “ouro 750”. O termo quilate dá a proporção de pureza de uma peça em ouro. Uma joia de 18 k tem 75% de ouro.
A cor final do ouro depende dos metais que são ligados com o ele  e da porcentagem de cada um desses  metais na liga.  São muita as misturas que podem ser feitas, resultando em diferentes nuances de cor. É importante, entretanto, ter em conta que o ouro branco 18 k tem a mesma proporção que o ouro amarelo de 18 k ou que o ouro vermelho de 18 k; todos são 75% ouro, variando os metais que compõem os 25% restantes da liga.

A  tabela abaixo traz os tipos de liga de ouro.

Quilatagem
Metal 1 (%)
Metal 2 (%)
Metal 3 (%)
Ouro amarelo claro 24k
100% ouro
0
0
Ouro amarelo 18 k
75% ouro
16,66% prata
8,33% cobre
Ouro branco 18 k alta qualidade
75% ouro
25% paládio
0
Ouro branco 18 k baixa qualidade
75% ouro
12,5% paládio
12,5% prata
Ouro vermelho 18 k
75% ouro
16,66% cobre
8,33% prata
Ouro amarelo 14 k
58,33% ouro
27,78% prata
13,89% cobre
Ouro amarelo 12 k
50% ouro
25% prata
25% cobre

Cabe um esclarecimento adicional sobre o ouro branco: o paládio que entra na composição da liga do ouro branco é um metal nobre, do grupo das platinas, que, historicamente, tem o preço bem mais elevado que o da prata. Por isso, o ouro branco 18 k costuma ser mais caro que o ouro amarelo 18 k.  

Outra informação: o ouro branco não é totalmente branco. Para deixá-lo bem branco, o procedimento normalmente adotado é dar um banho de ródio. Este procedimento não influi na qualidade da peça, pois o ródio também é um metal nobre, de preço equivalente ao do ouro. 

Resumindo: o que define o valor de uma peça é o percentual de ouro; uma joia com 75% de ouro puro é uma joia de 18 k. Os outros 25% correspondem ao(s) metal(is) que fazem parte da liga. A cor da joia é definida pela composição desses 25%. 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

QUANDO O DIAMANTE É BRILHANTE E VICE-VERSA?


O diamante é  o mineral mais duro encontrado na natureza. A palavra diamante vem do grego ‘adamas’, cujo significado é “o invencível. O grau de dureza desse mineral é 10, valor máximo atribuído na Escala de Mohs.

Cabe aqui uma diferenciação importante entre dureza e tenacidade: dureza é a resistência ao risco e tenacidade e a resistência ao choque. O diamante não pode ser riscado, mas pode ser quebrado.

A estrutura do diamante é composta de apenas um elemento: o carbono, a mesma composição do grafite. O que torna o diamante tão duro, diferente do grafite, é sua estrutura molecular.

Estrutura molecular do diamante
 Estrutura molecular do grafite

I


O processo de cristalização do carbono, formando o diamante, ocorreu há bilhões de anos, em grandes profundidades com temperatura ao redor de 1300° C e pressão muito elevada. Nesse processo de formação, outros elementos químicos podem ter sido incorporados à sua estrutura, o que confere ao diamante cores variadas: azul, verde, vermelho, rosa, amarelo, incolor, etc.

Como é carbono puro, o diamante arde quando exposto a uma chama, transformando-se em dióxido de carbono. É solúvel em diversos ácidos e não pode ser derretido, exceto a altas pressões.

O diamante é encontrado em estado bruto. Por meio do processo de lapidação, ele é transformado em pedra preciosa. Como essas pedras refletem a luz, a lapidação deve ser feita da forma em que a luz seja melhor refletica, conferindo-lhe maior brilho.  A escolha de um tipo errado de lapidação pode fazer com que a pedra fique quebradiça ou sem o devido brilho.

As gemas apresentam três partes:
  • coroa: é a parte superior da gema. Possui uma faceta grande e centralizada, a mesa, e várias facetas menores laterais
  •  cintura ou rondista: é a parte mais larga da gema e que separa a coroa do pavilhão. A rondista pode ser facetada ou não. É através da rondista que a gema é engastada e na joia. A rondista e a mesa são paralelas entre si;
  • pavilhão ou fundo: é a parte inferior da gema, situando-se abaixo da rondista.


A lapidação pode ser dividida em três estilos: facetada, lisa ou mista.

A lapidação lisa tem duas formas, a plana e a cabochão. A lapidação em cabochão é feita de forma levemente convexa na parte inferior e a superior geralmente é arredondada. Esse tipo de lapidação é utilizado em gemas opacas, ou translúcida com algumas inclusões, e gemas que são mais destacadas se lapidadas em cabochão.



A lapidação facetada, ou em facetas tem três formas: brilhante, em degraus e mistas.

A lapidação em formato de brilhante apresenta 57 facetas,  sendo que todas as facetas (com exceção da mesa) têm formato triangular ou rombóide (semelhante a losangos ou com formato de pipa); o maior número de facetas está na parte inferior da pedra.

  
Na lapidação em degraus, todas as facetas (com exceção da mesa) têm formato trapezoidal e estão organizadas paralelamente à rondista da gema, tanto na coroa como no pavilhão, gerando aspecto de degraus sucessivos. As facetas próximas à rondista são maiores em largura, enquanto as próximas à mesa e ao fundo do pavilhão são menos largas.


Na lapidação mista, ocorre a combinação das modalidades anteriores numa mesma gema: a coroa é facetada tipo brilhante e o pavilhão é facetado em degraus, ou vice-versa.

Seja qual for a lapidação escolhida o importante é que ela seja bem feita, assim a sua pedra preciosa vai brilhar muito.

A lapidação brilhante foi idealizada por um físico, que definiu um corte ideal para os diamantes com base nos ângulo de incidência e refração da luz. Com esse corte ideal, a maior parte da luz que incide sobre a gema é refletida em direção ao topo da pedra, ressaltando seu brilho. Por isso, foi chamada de lapidação brilhante. Esse é o tipo de lapidação mais usado na joalheria, e por ser tão utilizado virou sinônimo de diamante, mas na verdade é apenas um tipo de lapidação. Por ser confundido com o  diamante, quando se usa a lapidação brilhante em outras pedras que não seja o diamante, é necessário informar  qual pedra foi usada na lapidação.

Eis, portanto, a resposta à pergunta inicial: o diamante é brilhante somente quando recebe esse tipo de lapidação; já, o brilhante é diamante, somente quando essa forma de lapidação é dada ao diamante.

Os diamantes são qualificados e valorizados observando-ses 4 C's:

- Cut: é a forma como foi lapidado, e a lapidação brilhante é uma das mais valorizadas.
- Carater: especifica a massa e o peso do diamante, medido em quilates (ct), equivalente a 1/5 de grama.
- Clarity: é o grau de pureza do diamante, de acordo com uma classificação internacional que varia de "IF/LC" (Loupe Clean ou Puro à Lupa), até o "P3", pedras com muitas inclusões, fissuras, falhas, facilmente observáveis a olho nu e que comprometem totalmente seu brilho.
- Color: refere-se à cor da pedra numa classificação que vai de "absolutamente incolor" ao "castanho". Há as cores fantasias, como os diamantes vermelhos, verdes e azuis, que por sua raridade alcançam altíssimos valores no mercado internacional. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

GRANDES EXPOSIÇÕES


Amanhã, dia 4, o CCBB inaugura a mostra “Impressionismo: Paris e Modernidade”. 

Neste ano,  São Paulo tem oferecido a sua população grandes exposições: no primeiro semestre estiveram ao alcance de nossos olhos esculturas de Giacometti e pinturas de Modigliani;  a partir de amanhã até o dia 7 de setembro, poderemos apreciar 85 obras impressionistas e pós-impressionistas de artistas como Van Gogh, Monet, Manet, Gauguin, Renoir, Degas, Pissarro, Cézanne e Toulouse-Lautrec. Essas obras integram o acervo do Museu D’Orsay, em Paris. 

Não podemos perder essa oportunidade. 

O Lago das Ninfeias, Harmonia Verde (1899)
Claude Monet


A Garçonete com Cervejas (1878-1879)
Édouard Manet

Les Alyscamps (1888)
Paul Gauguin

La Seine et le Louvre (1903)
Camille Pissarro

Madame Darras (1868)
Auguste Renoir





VIDROS DE MURANO




Murano, a 1 km de Veneza, é um local famoso por suas obras em vidro.
Os vidros de Murano  começaram a ser objetos de desejo no século X,  quando a Itália se tornou um importante centro de comércio.
Os mestres que dominavam a técnica ficaram confinados em Murano para que o conhecimento não fosse divulgado para outros países. Hoje o modo como o vidro e feito não é mais segredo.
Esses mestres são de famílias venezianas tradicionais envolvidas há séculos na arte de soprar o vidro.
Vejam um vídeo que mostra o trabalho desses artistas..



Aproveitando a pedra de um anel que eu trouxe de Murano, e combinando com os metais cobre e prata, produzi o pingente abaixo.


Como ja dizia Lavoisier: "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."